Por Paulo Contim*
O que me motivou escrever esse artigo foi a reação das pessoas após uma postagem em minhas redes sociais onde apenas manifestei posição favorável à abertura responsável do comércio de Osasco.
É interessante citar que a grande maioria das pessoas também foram favoráveis à abertura. Entretanto, para aguçar a reflexão, selecionei as discordâncias para tentar entender as opiniões diferentes. Por óbvio, desprezei as opiniões de puro ódio e desinformação, muito claros em algumas postagens.
Sem ter a pretensão de desfraldar números e argumentos sobejamente espalhados na internet facilitando o juízo de valor sobre o assunto, tentarei ater-me nas questões sociais causadas pelo isolamento. Vou explicar o que penso a partir dos diálogos que você pode ver na íntegra no meu Facebook. As respostas foram ligeiramente editadas para melhor compreensão neste espaço:
“Paulo, mesmo você tendo covid-19, você é a favor da abertura? Não iremos aumentar os casos?”
Sim, sou favorável dentro dos parâmetros que estão sendo estabelecidos pelos profissionais da Saúde, em conjunto com os empreendedores. Tive a oportunidade de ajudar a construir alguns protocolos de várias áreas do comércio e shoppings, e todos eles preconizam o cuidado com a população e os funcionários.
Caro amigo, não dá pra ficarmos tanto tempo com nossos negócios fechados, pois as consequências na economia irão causar um “sem número de mortes” por desemprego, fome, violência e outros. As pessoas com a confirmação do diagnóstico de covid-19 devem, sim, ficar isoladas, como eu fiquei, e com a graça de Deus me curei.
“Você pegou? Descumpriu o protocolo?”
Peguei logo no começo da pandemia, há aproximadamente 60 dias. Eu estava em plena atividade como Secretário da SICA, coordenando pessoalmente as ações da Secretaria nas ruas. Na oportunidade, não tínhamos as informações que temos hoje, tampouco os protocolos sugeridos pelas autoridades da Saúde. Hoje temos informação e conhecimento que podem ser grandes aliados no cumprimento das orientações dos epidemiologistas.
“Paulo Contim, eu desde o primeiro dia segui o protocolo. Fiquei em casa!”
Infelizmente, a grande maioria das pessoas não tem essa condição “ideal”, pois vende o almoço pra comprar a janta e tem que trabalhar. Tomara Deus que seja a melhor opção a que está sendo tomada. Estou torcendo pra dar certo.
Acredito que a volta as atividades comerciais com a observação rígida dos protocolos da saúde seja a melhor opção para o momento, mesmo sob o risco de ter um “retorno educativo” caso a população e os empresários não atendam às determinações da área da Saúde.
Estamos entrando numa crise econômica muito grave pela paralisação das atividades comerciais e afins. As consequências na sociedade serão nefastas se não dermos oportunidade das pessoas, principalmente as menos favorecidas e as pequenas empresas. Para estes não há mecanismos de defesa. Ficam à mercê de “governos” que ficam politizando as ações nesse momento tão grave que o País passa. A violência, a fome, a desesperança, a depressão estão aí, não vê quem não quer.
