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Osasquense cai em golpe e dá R$ 208 mil a “namorado” que se passava por Johnny Depp

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Johnny Depp em "Piratas do Caribe" / Foto: Divulgação/ Disney

Uma aposentada de 61 anos, moradora de Osasco, caiu em um golpe e perdeu mais de R$ 208 mil ao achar que namorava com o ator Johnny Depp. O golpista teria feito promessas de que a levaria para morar com ele, fora do Brasil.

Segundo relatos feitos à Justiça e publicados pelo portal “Uol”, a osasquense começou a conversar com a pessoa que se passava por Depp por meio de um falso perfil do ator no Instagram, em outubro de 2020.

Ela afirma que a troca de mensagens era em sua maioria “assuntos do cotidiano”, mas o golpista teria começado a contar “uma história triste de que [o falso ator] precisava de dinheiro para o pagamento de condenações em processos”.

Na época, Johnny Depp estava envolvido em um processo judicial com a ex-mulher, e o caso estava repercutindo na mídia. “Junto com a história triste de não ter dinheiro para pagar as referidas taxas, teve início um ‘romance’ onde começaram as promessas do golpista de levar a autora [do processo] para morar com ele”, disse a advogada da aposentada, nos autos.

Comovida, a vítima fez três depósitos para o golpista que totalizaram a quantia de R$ 208,4 mil. Para conseguir o dinheiro e ajudar o falso Depp, a mulher chegou a vender carro e uma casa. Também consta no documento que a vítima chegou a fazer uma cirurgia plástica por acreditar que iria morar em Los Angeles, na Califórnia.

O golpe só foi descoberto quando o filho da aposentada a questionou sobre as transações bancárias. A moradora de Osasco decidiu então acionar a Justiça contra o banco, alegando que a instituição permitiu a abertura de uma conta fraudulenta para a qual ela fez os depósitos.

A advogada da vítima afirmou também que sua cliente estava em busca de uma mudança de vida. “A pandemia contribuiu para que ela acreditasse em toda mentira contada pelo golpista, haja vista o abalo emocional vivenciado”, diz.

Em sua defesa, o banco alegou que a mulher “transferiu os valores por livre e espontânea vontade”, sem qualquer interferência da instituição.

A acusação contra a instituição financeira foi rejeitada pela juíza Clarissa Alves, mas a aposentada ainda pode recorrer da decisão.

Com informações do “Uol”