A redução da jornada de trabalho, sem redução do salário, e o fim da escala 6×1 precisam se tornar pauta prioritária da classe trabalhadora. Uma não impede a outra de avançar, e ambas promovem o bem-estar da classe trabalhadora, além de terem potencial de gerar mais empregos.
A implementação de uma jornada de trabalho mais curta proporciona aos trabalhadores mais tempo para o descanso, para o lazer, para a qualificação e para o convívio familiar. Essa melhoria na qualidade de vida reflete-se diretamente na saúde física e mental. Ou seja, lutar pela redução da jornada, assim como brigar pelo fim da escala 6X1, também é lutar pela saúde e segurança da classe trabalhadora.
Para entender a importância de cada uma, é necessário compreender suas diferenças. A luta pela redução da jornada reivindica um período de trabalho de 40 horas semanais (em alguns países já são 36 horas semanais). Já a luta pelo fim da escala 6X1 exige cinco dias trabalhados e dois de descanso (projeto de Lei em tramitação já pede 4X3)8.
Em outros países, as empresas que adotaram jornadas reduzidas observaram melhorias na eficiência e satisfação dos trabalhadores e das trabalhadoras. Claro, todo mundo trabalha melhor, se descansar melhor, se vive melhor. Com mais tempo para o lazer, há um aumento na demanda por atividades recreativas, que contribui para a geração de empregos no setor de entretenimento, como restaurantes, cinemas, teatro, e no turismo de modo geral.
Com este pensamento, já temos históricos de países em que empresas têm testado e até implantado a semana de quatro dias de trabalho, entre eles, Reino Unido, Alemanha e Bélgica. Ou seja, o fim da escala 6X1 é possível.
Fortalecer a luta e o debate em torno dessas demandas é de extrema importância para todos e todas. Por isso, elas já fazem parte das nossas bandeiras de luta. Com condições de trabalho mais flexíveis, caminhamos em direção a uma sociedade mais justa e produtiva, rumo ao trabalho decente. Vamos juntos pelo bem-estar da classe trabalhadora.