
O empresário João Batista Costa, presidente do Grupo Del Rey, que administra o Plaza Shopping Carapicuíba, afirmou, nesta sexta-feira (29), que deixou de cobrar aluguel das lojas que estão fechadas durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19).
O Sr. João, como é conhecido, participou de uma transmissão ao vivo promovida pela Associação Comercial de Carapicuíba (ACE) e falou sobre a situação do shopping, que está fechado desde o dia 20 de março. “O shopping de Carapicuíba é o único que não está cobrando aluguel dos lojistas que estão fechados. Muitos não vão conseguir voltar, mas nós estamos dando todo apoio para que voltem”.
O empresário disse ainda que foi preciso deixar de pagar os impostos para sobreviver após o fechamento dos comércios não essenciais. Ele alega, que mesmo com o shopping fechado, tem despesas mensais de R$ 10 mil a R$ 12 mil somente com conta de energia. “Crise como essa eu nunca vi. Nunca imaginei que algo dese tipo pudesse acontecer”, disse.
A reabertura gradual proposta por Doria não animou o empresário. “Abrir o shopping agora não será bom para nós e não será bom para o povo, que ainda está com medo. Se a gente abrir o shopping agora, menos da metade dos frequentadores vão voltar e os lojistas não vão aguentar”, explicou. “A gente segue de acordo com o andar da carruagem, mas está difícil entender o quer vai acontecer. De qualquer maneira, o shopping volta. Deve voltar [reabrir] lá para agosto”, completou.
Na live, o presidente da ACE, Vasquinho Gama, afirmou que está negociando com a administração municipal uma forma de diminuir o impacto financeiro dos pequenos empresários do município. “Temos pedido para a Prefeitura de Carapicuíba pensar em uma maneira para que os pequenos empresários consigam pagar seus tributos somente a partir de janeiro, assim terão um respiro neste final de ano”.
Grupo Del Rey
O Grupo Del Rey é um dos maiores empregadores na cidade de Carapicuíba. A garagem de ônibus no município emprega cerca de 800 funcionários diretos. Há outra garagem em outro município, com a mesma quantidade de trabalhadores formais, de acordo com Sr. João.
Segundo o empresário, a empresa de ônibus fez um acordo com os funcionários, que tem prazo de três meses, mas ele teme o que pode acontecer daqui para frente. “Tenho muita preocupação porque nós geramos mais de 2 mil empregos. São 2 mil famílias que sobrevivem com isso”.
“Crise como essa eu nunca vi. Nunca imaginei que algo dese tipo pudesse acontecer”, declarou o empresário, que acredita que a situação econômica não voltará ao normal tão cedo.