Um agente de segurança da ViaMobilidade foi preso ontem, quarta-feira (4), pela morte de um homem na estação Carapicuíba da Linha 8-Diamante. O caso ocorreu em 11 de novembro, e inicialmente, foi registrado como morte súbita acidental. No entanto, o laudo do Instituto Médico Legal indicou morte por asfixia, levando à prisão do agente e à demissão de outros seis envolvidos.
A vítima, Jadson Vitor de Souza Pires, 30 anos, teria passado a noite anterior desaparecido após ter sua moto roubada. Sua esposa, Renata Souza, relatou à TV Globo que ele saiu de casa para resolver burocracias após uma demissão e a avisou sobre o roubo. Jadson passou na casa de um conhecido e seguiu para a estação para voltar para casa.
Imagens do circuito interno de segurança da estação, obtidas com exclusividade pela TV Globo e exibidas na terça – no “Bom Dia SP” –, mostram Jadson aparentemente desorientado na área das catracas. Ele tenta passar por baixo da catraca e leva uma rasteira de um agente da ViaMobilidade. Em seguida, outro desfere um chute contra ele.
A sequência de agressões continua. Os seguranças arrastam Jadson pelas pernas para fora do alcance das câmeras. Posteriormente, percebem que ele está inconsciente e iniciam manobras de reanimação cardiopulmonar. Uma equipe do SAMU chega para prestar socorro, mas Jadson morreu no hospital. Ele deixou esposa e uma filha de 3 anos.
À Band, o delegado responsável pelo caso solicitou a prisão de três agentes, mas a Justiça aceitou inicialmente a prisão de um deles. As investigações continuam em andamento no 1º Distrito Policial de Carapicuíba para esclarecer os fatos.
O que diz a ViaMobilidade
Em entrevista à TV Globo, o diretor da concessionária, André Costa, afirmou que os agentes envolvidos nas agressões foram afastados imediatamente, assim como o registro da ocorrência e a abertura de uma sindicância para apurar os fatos. “A avaliação de tudo o que aconteceu, de todas as práticas e o recebimento do laudo do IML, corroboraram a decisão pelo desligamento dos colaboradores envolvidos”, declarou.
A demissão dos agentes veio mais de 20 dias após a morte de Jadson. Costa também informou que a empresa aguardava o laudo pericial para tomar a decisão da demissão. A sindicância interna apurou que os agentes não estavam com a câmera corporal ligada, descumprindo o procedimento obrigatório.
“Esse caso não representa os nossos valores, a abordagem deveria ser de total acolhimento a uma pessoa que estava vulnerável, que deveria ter recebido atendimento e encaminhamento a uma unidade de saúde”, finalizou.
Com informações da TV Globo e Bandeirantes
