O presidente interino, Michel Temer, admitiu, nesta quinta-feira, 2, que a proposta de reforma da Previdência Social em discussão no governo incluirá a questão da idade mínima para a aposentadoria.
“Se for necessário, estipularemos regras de transição. Se o prazo é de 35 anos de contribuição, talvez quem tenha, sei lá, 20 anos ou 15 anos, tenha que contribuir mais um ano, mais um ano e meio. Mas isso é em beneficio do próprio cidadão que no futuro vai se aposentar. Porque, se o poder público não tiver recursos quando ele se aposentar, pior para ele”, afirmou o presidente interino, ao abordar a questão da idade mínima para a aposentadoria em entrevista ao jornal SBT Brasil.
A notícia deve causar protestos das centrais sindicais, que têm se manifestado contra a idade mínima para aposentadoria. Sobre o aumento do funcionalismo, aprovado nesta quarta, 1º, pela Câmara dos Deputados, ele disse que “por um lado, pacifica a relação do governo com várias categorias de servidores. É um aumento discreto, que quase não cobre a inflação. Sem dúvida [a aprovação levou em conta] o cálculo político e o cálculo econômico. Isso está previsto no Orçamento”.
Pela proposta, os servidores do Judiciário devem ter reajuste de 41% de forma escalonada, em oito parcelas, de 2016 a julho de 2019. A proposta tem impacto orçamentário para 2016 de R$ 1,160 bilhão.
Os deputados também aprovaram o aumento nos subsídios pagos aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao procurador-geral da República (PGR). Os vencimentos dos ministros do STF passarão de R$ 33.763,00 para R$ 39.293,38. Já no caso do PGR, o vencimento de R$ 33.763,00 passa para R$ 36.813,88 este mês e para R$ 39.293,38 em janeiro de 2017.
Para outras categorias da Câmara, do Senado e do Executivo, a proposta reajusta em cerca de 20%, ao longo de quatro anos, os salários dos servidores. (Com Agência Brasil)