
O aumento de IPTU em Jandira está causando grande insatisfação entre os moradores. Segundo membros do comitê formado logo após a chegada dos carnês — o Comitê de Ação Popular Contra o Aumento do IPTU — há casos de aumento de 1000% no valor, na comparação entre 2018 e 2019.
Para debater o tema, o Comitê e a União Pró Jandira estão convocando os moradores atingidos para uma reunião neste domingo, 3 de março. A reunião vai acontecer às 9 horas na sede da associação União Pro-Jandira, na rua Conceição Sammartino, em frente ao Supermercado Barbosa.
O comitê foi formado por moradores de vários bairros da cidade no dia 24 de fevereiro, logo após o início da entrega dos carnês do IPTU. Juntaram-se em apoio ao movimento – que classifica o aumento de abusivo – representantes de outras organizações comunitárias, siglas partidárias (PSTU, PT, PC do B) e agremiações sindicais, como a Conlutas e o movimento Químicos na Luta.

Os valor do IPTU nos carnês enviados pela prefeitura sofreu pouca alteração na alíquota em relação ao ano passado. O aumento foi de aproximadamente 4%. No entanto, o problema acontece com a atualização da área construída e portanto cobrada a mais. Um dos carnês enviados ao Visão Oeste mostra que o calculo considerou uma área de 104 m² em 2018, mas saltou para 306,56 m² no cálculo deste ano. “Mas minha casa ganhou apenas dois cômodos, um total de 24 m², nos últimos dez anos”, disse o morador que preferiu não se identificar. Ele garante que tem vizinhos que nunca construíram nada a mais no terreno e mesmo assim também tiveram o aumento.
Segundo Everaldo Duarte de Oliveira, membro do Comitê, o movimento discute que a cobrança do IPTU seja proporcional à renda do morador. Mas ainda que atualmente a cobrança não utilize este parâmetro, “não há o que justifique um aumento abusivo de 100, 200, 300 ou 1000% como vem acontecendo. Se o cadastro na prefeitura está desatualizado e ela não tem controle por má administração, é um problema dela. Eles não podem aparecer com uma conta de um dia para a noite impondo 1000% de aumento. É abusivo. Isso é um absurdo!”, diz, lembrando que no passado a inflação foi menos de 4%.