
A Justiça bloqueou os bens do prefeito de Jandira, doutor Sato (PSDB), do vice-prefeito, Carlos Piteri (União), e do secretário de Obras, Maurício Celestino, após suspeita de fraude na contratação de cestas de Natal para os servidores, no final de 2021. O custo aos cofres públicos teria sido de R$ 627 mil, de acordo com denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP).
Na denúncia, o promotor Bruno Ferreira expõe um contrato firmado entre a Prefeitura de Jandira e a empresa Impérium Serviços Eireli, de Mauricio Celestino, e diz que dias após a celebração do contrato, Celestino assumiu o cargo de secretário de Obras da cidade.
Para fazer a aquisição das cestas, o doutor Sato encaminhou um projeto de lei à Câmara Municipal e teria solicitado votação com “regime de urgência”, ainda segundo a promotoria. O texto foi aprovado no dia seguinte, em 30 de novembro, e as cestas teriam sido distribuídas três dias antes da licitação. A entrega das cestas foi registrada pela assessoria do prefeito e publicada nas redes sociais.

A juíza Juliana Bei, da 2ª Vara Cível de Jandira, que determinou o bloqueio dos bens de Sato, Carlos Piteri e Celestino, afirmou que “os fatos narrados são graves, especialmente quando se observa que as cestas foram entregues antes mesmo da assinatura do contrato”.
Ao telejornal “SP 2”, da TV Globo, a Prefeitura da cidade negou qualquer favorecimento a Maurício, que foi convidado por Sato para assumir o cargo de secretário, que estava vago até então. A administração municipal também afirmou que vai abrir uma sindicância para apurar o caso.
Os citados na ação de improbidade administrativa do MP-SP não se manifestaram publicamente sobre a decisão da Justiça até o momento.