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Carol Nogueira
O impasse sobre o pagamento das verbas trabalhistas de cerca de 1,3 mil funcionários que devem ser demitidos do Hospital Municipal de Barueri, segundo sindicato, continua, após reunião realizada nesta quarta-feira, 12.
O encontro, na Câmara da cidade, reuniu representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Osasco e Região (Sueessor), do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo, vereadores e uma comissão dos trabalhadores.
Ao final da reunião, a única deliberação foi a promessa do líder do governo, Fabião (PcdoB) de tentar agendar um horário para conversar com o prefeito Rubens Furlan (PSDB).
Os servidores do Hospital ameaçam paralisar as atividades a qualquer momento, a partir desta quinta-feira, 13.
Furlan diz que, em caso de paralisação, quem aderir será demitido rapidamente.
O sindicato também acionou o Ministério do Trabalho, que convocou um encontro de mediação na próxima segunda, 17.
Funcionários devem ter de ir à Justiça para receber direitos trabalhistas
Os funcionários do Hospital Municipal de Barueri estão com o futuro incerto. De acordo com o sindicato, a administradora anterior, Instituto Hygia informou que não possui dinheiro para quitar dívidas das possíveis rescisões dos contratos de trabalho e demais pendências com os trabalhadores.
A Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) e a prefeitura também afirmam que não vão assumir as pendências.
O Hospital Municipal de Barueri era gerenciado pelo Instituto Hygia, voltou a ser administrado pela prefeitura e agora, em nova mudança, a gestão está sendo repassada a outra organização social (OS), a SPDM.
O prefeito de Barueri, Rubens Furlan (PSDB), diz que o Hygia deixou um rombo de quase R$ 100 milhões nas contas do hospital.
Segundo ele, a nova gestora se dispôs a contratar os funcionários, “só que eles têm de resolver a vida deles (as dívidas trabalhistas) com a atual (Hygia)”.
Em nota, o Instituto Hygia diz que não é responsável pela gestão da unidade desde março do ano passado, quando a prefeitura, então na gestão de Gil Arantes (DEM), decretou intervenção no hospital. Na época, segundo a instituição, a dívida era de R$ 30 milhões.