Com sua mansão em Alphaville penhorada devido a uma série de dívidas que somam mais de R$ 4 milhões, Zilu Godoi se manifestou publicamente sobre o processo que move em Santana de Parnaíba pedindo a anulação dos acordos de partilha de bens com o ex-marido, Zezé Di Camargo. Ela acusa o cantor sertanejo de ter sido “desumano” e “covarde” na separação e quer que os recursos a que tem direito sejam revistos.
Zilu diz que foi enganada na partilha pelo artista, com quem ficou casada por três décadas. Isso porque Zezé deixou para ela no divórcio uma empresa com sérios problemas financeiros e diversos processos judiciais por dívidas trabalhistas.
“Jamais imaginei que o Zezé tivesse coragem de transferir para o meu patrimônio na partilha dos bens, uma empresa que sabia que estava falida e que resultaria em processos judiciais e administrativos que hoje me perseguem, se isentando de qualquer responsabilidade. Isso foi desumano e precisa ser reparado imediatamente”, afirma a ex-mulher diz que Zezé Di Camargo em carta divulgada via seu advogado à revista Veja SP.
Enquanto está com a mansão em Alphaville penhorada por dívidas, Zilu afirma que o ex-marido “ostenta publicamente e sem limites, uma condição financeira totalmente desconexa daquela que me convenceu a assinar documentos, que certamente serão anulados pela justiça”.
Zilu também lamenta o apoio dado pelos filhos ao pai contra o novo processo movido por ela: “Não posso deixar de expor a minha profunda tristeza e inconformismo, de saber que os meus filhos tomaram partido do pai, sobre uma discussão puramente patrimonial, que eles não têm domínio, na verdade nenhuma noção”.
Leia a íntegra do texto enviado pelo advogado de Zilu Godoi, Marcelo Saraiva, à Veja SP:
“Estou extremamente constrangida de ter que vir a público expor os meus sentimentos de revolta e indignação, agravados pelos últimos acontecimentos.
Parto do princípio que estou no meu direito de buscar a verdade real a respeito do patrimônio que construí durante os 32 anos de casamento, trabalhando duramente ao lado do meu ex-marido e, muitas vezes, bancando, com minhas poucas economias, as despesas da nossa casa.
Confesso que me sinto muito mal de não ter tido a consciência necessária na época do meu divórcio para exigir o que me é de direito, pois se eu tivesse condições de entender o que estavam fazendo comigo, nada disso teria acontecido.
Essa discussão só se tornou judicial porque o Zezé se recusa a prestar contas de forma transparente, somente dissimulada como fez no passado. De uns tempos para cá, ostenta publicamente e sem limites, uma condição financeira totalmente desconexa daquela que me convenceu a assinar documentos, que certamente serão anulados pela justiça.
Enquanto o Zezé não prestar as devidas contas, eu continuarei exercendo o meu direito de buscar a verdade real, mesmo que tenha que chegar às últimas instâncias judiciais, porque eu estou convencida de que fui muito, mas muito prejudicada na divisão desproporcional dos bens comuns.
Mesmo assim, entendo que a solução do problema é muito simples, porque é matemática, todavia, requer informações corretas e precisas.
Por outro lado, jamais imaginei que o Zezé tivesse coragem de transferir para o meu patrimônio na partilha dos bens, uma empresa que sabia que estava falida e que resultaria em processos judiciais e administrativos que hoje me perseguem, se isentando de qualquer responsabilidade.
Isso foi desumano e precisa ser reparado imediatamente. E mais, foi no mínimo covarde a atitude do Zezé de trazer a público mentiras sobre um relacionamento que tive pouco depois do divórcio em situação de extrema fragilidade emocional, onde fui prejudicada financeiramente e que venho tentando na justiça uma reparação.
Por fim, não posso deixar de expor a minha profunda tristeza e inconformismo, de saber que os meus filhos tomaram partido do pai, sobre uma discussão puramente patrimonial, que eles não têm domínio, na verdade nenhuma noção do que eu e o Zezé tínhamos de patrimônio quando nos divorciamos, só sabem o que ouviram o pai dizer.
Jamais eles poderiam ter feito isso comigo.
Felizmente o amor que tenho pelos meus filhos é incondicional.
Eu só quero justiça, nada mais”.