Apesar de rasgar elogios ao correligionário, considerado por muitos um desafeto do senador mineiro, Aécio não quis falar sobre a formação da chapa para a eleição de outubro. Limitou-se a dizer que “José Serra é um quadros mais qualificados da vida pública brasileira. Serra terá, seja na campanha, seja numa futura administração, espaço de destaque”.
A caravana de Aécio também tinha o senador paulista Aloysio Nunes Ferreira, os deputados estaduais Bruno Covas e João Caramez, a deputada federal Bruna Furlan e outros caciques tucanos, como Alberto Goldman e José Aníbal. Todos foram recebidos pelo prefeito de Cotia, Carlão Camargo, também do PSDB.
O encontro foi marcado por ataques ao governo. Integrantes do partido Solidariedade, presidido pelo deputado federal Paulinho da Força, traziam faixas de “Fora Dilma”. À imprensa, Aécio Neves ressaltou a importância de vencer no estado de São Paulo. “Se nós tivermos um resultado positivo em São Paulo é muito grande a chance que temos de iniciar um novo ciclo no Brasil, onde o crescimento volte a ser um crescimento sólido, onde a inflação volte a ser controlada”, afirmou.
O senador também comentou as recentes propagandas do Partido dos Trabalhadores na televisão, que estimulam uma comparação entre a situação do país na época dos governos FHC e Lula/Dilma. “É muito triste, ao final de um ciclo de 12 anos como esse do PT, eles terem a oferecer à população brasileira a desesperança, o medo, como assistimos nas últimas propagandas. Na verdade o que tiro dessa propaganda é que quem está com medo é o PT de perder as próximas eleições”.
Vice
O próprio José Serra tratou de dar fim nas especulações de que poderia via a ser o vice de Aécio Neves na disputa presidencial. Nesta segunda-feira, 19, em sua conta no twitter, afirmou: “Nunca fui pré-candidato a vice. Também inexistem ‘interlocutores’ atuando em meu nome. Serei candidato a um cargo no Legislativo Federal – Câmara ou Senado. E só!”, escreveu o ex-governador.