O diretor de Relações Institucionais da Enel, Marco Augusto Mesquita, participou de uma audiência pública realizada na noite dessa quarta-feira (24) na Câmara Municipal de Osasco para debater o convênio entre a Enel e a Prefeitura de Osasco, que prevê a poda de árvores.
A audiência, no entanto, serviu para que os vereadores e o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da prefeitura, Fábio Grossi, também falassem sobre outras questões envolvendo falhas no atendimento da empresa.
Além da questão das podas de árvores que atrapalham os fios da rede elétrica, questões como dificuldade de atendimento da população no serviço 0800 da concessionária, falhas constantes de energia no Parque Industrial Anhanguera e em outros pontos da cidade, altas tarifas, postes mal instalados, entre outros problemas, foram apresentados ao representante da Enel.
Mesquita afirmou reconhecer as dificuldades mostradas pelos vereadores e representantes da Prefeitura, no entanto, acredita que grande parte dos problemas sejam muito mais reivindicações do que reclamações.
De acordo com o diretor, o serviço de poda de árvore não é uma responsabilidade da empresa prevista em lei. “Mas a Enel quer se comprometer mais do que deveria para atender o município de Osasco”.
Quanto à reclamação sobre a demora no desligamento da rede, Mesquita respondeu que “quanto menos eu desligar, melhor”. A justificativa é que a Agência Nacional de Energia Elétrica usa os casos de falha de energia para medir os índices da concessionária.
O dirigente revelou que a empresa deve investir R$ 1,7 bilhão em tecnologia para melhorar a qualidade do atendimento. Segundo ele, o objetivo é que o sistema dependa cada vez menos de pessoas – o que permitirá a redução do prazo máximo para o desligamento de energia.
Em relação às reclamações da população intermediadas pelos vereadores, Mesquita diz ser importante apresentar o número da instalação e do protocolo de atendimento do cliente.
No que diz respeito às tarifas, o diretor da Enel justificou que a parte que remunera o trabalho da distribuidora corresponde a 22% da conta. “Os outros 80% eu pago antes de receber do cliente. Energia elétrica é cara, sempre foi cara e vai continuar sendo cara”, acrescentou.