
Em decisão de juíza da Vara Criminal de Itapevi, dois guardas civis municipais acusados de agredir um jovem na cidade foram condenados a um ano e dois meses de reclusão, em regime inicial aberto, e a perda da função pública, ou seja, os cargos na GCM. Eles podem recorrer.
O caso aconteceu em 2017. De acordo com a vítima, Thiago Ferreira, na madrugada de 27 de maio daquele ano, os GCMs Ulisses D’Amico e Leomar Brito da Silva o abordaram quando estava a caminho de uma festa, no Jardim Rosemeire, em Itapevi, e o agrediram com chutes e socos. O jovem teve um dente quebrado e ficou com hematomas nas costas, mostrados em reportagem do jornal “Itapevi Agora”.

Ainda de acordo com a vítima, após as agressões, os GCMs verificaram que ele não tinha passagem pela polícia e se questionaram sobre como proceder, até que decidiram liberá-lo.
A sentença que condenou os guardas acusados de agressão é de 20 de agosto deste ano, da juíza Carolina Hispagnol Lacombe, da Vara Criminal de Itapevi. Na decisão, a magistrada destaca que há uma série de outras acusações semelhantes contra a dupla de GCMs e ressalta “a obrigação do Estado em obstar que agentes públicos utilizem de suas fardas como escudo protetivo à prática de abusos”.
Os guardas negaram as acusações e se disseram prejudicados pelas investigações da Polícia Civil. Eles podem recorrer da sentença.
Após publicação de reportagem do jornal “Itapevi Agora” sobre a condenação, o GCM Ulisses D’Amico se disse perseguido e declarou, nas redes sociais, que as críticas vêm de “quem gosta de defender bandidos, maconheiros e vagabundos”.