A campanha de vacinação contra sarampo realizada pela Secretaria de Estado da Saúde segue até o dia 16 de agosto em Osasco, na capital paulista, em Guarulhos, Osasco, São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul. Na região, a secretaria confirma um caso de sarampo em Osasco e um em Barueri até esta segunda-feira (15). Em todo o estado são 384 casos (veja tabela por município abaixo).
Considerada mais vulnerável a infecções devido a menor procura pela segunda dose da vacina, a imunização é destinada a jovens na faixa de 15 a 29 anos. Sendo assim, a imunização deve ser feita de forma indiscriminada nesse público, ou seja, sem obrigatoriedade de apresentação da carteira vacinal.
A meta é vacinar mais de 900 mil jovens e adultos nessa faixa-etária nas cinco cidades que iniciaram a campanha na última semana. As doses estão disponíveis em postos de saúde.
No dia 20 de julho, haverá um Dia D em todas essas cidades. A ação é uma oportunidade para que pessoas ainda não imunizadas, e que não tem tempo de tomar a vacinar durante a semana, compareçam a um posto de saúde em seu tempo livre.
Estações da CPTM
Em Osasco, há vacinação também nas estações Osasco, Presidente Altino, Quitaúna e Comandante Sampaio da CPTM até o dia 2 de agosto, das 16h às 20h, em dias úteis alternados. Nesta terça (16), a vacinação acontece nas estações Quitaúna e Comandante Sampaio. Na quarta (17), é a vez das estações Osasco e Presidente Altino, e assim por diante.
O Sarampo
O sarampo é uma doença viral aguda, altamente contagiosa, os principais sintomas são: febre, tosse, coriza, conjuntivite e manchas avermelhadas na pele. O óbito pode ocorrer em decorrência das complicações.
A transmissão é direta de pessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, respirar, falar ou espirrar e que permanecem dispersas no ar, principalmente em ambientes fechados como, por exemplo: escolas, creches, clínicas e meios de transporte.
Ações de engajamento
A Secretaria está firmando parcerias para ampliar o engajamento da população. Organizações públicas e privadas estão sendo mobilizadas pela pasta, no sentido de ajudarem as Prefeituras a alcançar com mais facilidade a população, com ações de vacinação extramuros em parques, metrô, rodoviárias, residências, hospitais, bem como escolas e universidades no período de volta às aulas, por exemplo. As Secretarias de Estado da Educação e Transportes Metropolitanos são apoiadoras da campanha.
“A Secretaria faz monitoramento ininterrupto no Estado quanto a circulação de todas às doenças. Com esta campanha, queremos vacinar e proteger a população jovem e interromper a transmissão do sarampo nesses locais”, afirma o Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann Ferreira.
No decorrer do mês, estão previstos treinamentos online e presenciais para profissionais de saúde, visando o aperfeiçoamento das ações de vigilância, com foco em: hipótese diagnostica oportuna, manejo clínico adequado, coleta e envio de amostras biológicas, notificação para ações de bloqueio e varredura em tempo hábil (até 72h).
O Centro de Vigilância Epidemiológica estadual mantém o monitoramento em todo o território e, se constatada a necessidade, poderá mobilizar campanhas em outros municípios. Todas as Prefeituras devem fazer bloqueios diante de notificações de casos suspeitos, conforme diretriz do Ministério da Saúde.
Em fevereiro, uma estratégia similar foi iniciada na cidade de Santos, outro ponto estratégico de entradas e saídas do país devido ao Porto, o maior da América Latina. A vacinação foi planejada devido à notificação de casos no navio de cruzeiro Seaview, da MSC, na costa brasileira. A campanha em curso na Baixada Santista visa a imunização de 91 mil jovens e adultos de 15 a 29 anos. Desse total, cerca de 65 mil pessoas foram vacinadas, até o momento.
Em 2019, até 15 de julho, foram confirmados 384 casos de sarampo em SP. Mais de 70% desse total se concentra na capital, com 272 casos. Embora representem aproximadamente 20% da população paulista, os jovens respondem por aproximadamente metade dos casos registrados no Estado.
A vacina tríplice viral protege contra sarampo, rubéola e caxumba, e está inclusa na rotina dos postos para crianças. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) prevê administração da tríplice viral aos 12 meses, e um reforço aos 15 meses com a tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela).
Os profissionais de saúde das redes pública e privada também devem estar imunizados, considerando a possibilidade de contato com pessoas infectadas.
Há contraindicação para gestantes e imunodeprimidos, como pessoas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes oncológicos.
