Motoristas da Uber no Brasil e associações anunciaram adesão a movimento internacional contra a empresa e sugerem que todos os condutores desliguem o aplicativo entre 00h à 23h59 desta quarta-feira (8).
Além de parar durante 24h, motoristas da Uber, associações e demais condutores têm ato marcado para acontecer na manhã desta quarta, no Vale do Anhangabaú, de onde seguirão até a Bolsa de Valores de São Paulo, em forma de protesto à abertura de capital da companhia na Bolsa de Nova York, na sexta-feira (10).
O presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo de São Paulo, Eduardo Lima, disse ao UOL que a intenção é protestar também por mais segurança e valorização. “A Uber só está crescendo em valor. Quem é que produziu isso? Foi o motorista, que não é reconhecido”, argumentou.
A adesão ao ato internacional será também uma forma de tentar aumentar o ganho dos condutores, que, de acordo com Eduardo Lima, não têm aumento há anos. “Como o governo não abaixa o combustível, temos que pressionar os aplicativos para que aumentem o valor da tarifa para o motorista ter um lucro maior”, disse, sugerindo um aumento de R$ 2 na tarifa básica paga pelo usuário da Uber.
Com a possível paralisação dos motoristas da Uber e até de demais aplicativos de corrida, é provável que as tarifas fiquem mais caras durante a quarta-feira.
De acordo com o presidente da CoopDrivers, Paulo Reis, que é um dos organizadores do ato em São Paulo, existem mobilizações confirmadas também no Rio de Janeiro, em Brasília, na Bahia e no Acre.