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O deputado Valmir Prascidelli (PT-SP) questionou o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, sobre um pagamento de R$ 10 milhões feito ao ex-presidente do PSDB, Sergio Guerra, para estancar uma outra CPMI da Petrobras, encerrada em 2014. Guerra morreu em março daquele ano.
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Os dois confirmaram que o pagamento foi feito pela empreiteira Queiroz Galvão. Paulo Roberto Costa disse que foi “procurado pelo ex-senador Sergio Guerra e pelo deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), que fizeram três reuniões e depois foi pago, pela Queiroz Galvão, esses R$ 10 milhões para que a CPI, de 2009, não prosseguisse”, disse o delator.
A CPI da Petrobras fez a acareação dos dois investigados na Operação Lava-Jato, pois seus depoimentos são contraditórios.
Youssef afirmou ter conhecimento que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) receberia dinheiro de uma diretoria da Furnas Centrais Elétricas.
Durante a acareação, o doleiro Youssef acusou o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) de intimidá-lo. “Ele está aqui, não para investigar, mas para fazer intimidações”, disse Youssef. Quando foi interrompido por Pansera, que quis saber quem era o intimidador, Youssef disse: “É Vossa Excelência, é Vossa Excelência!”.