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O trabalhador precisará contribuir 40 anos para aposentar-se com 100% da média do salário de contribuição, informou hoje (20) o Ministério da Economia do governo Jair Bolsonaro no âmbito da proposta de reforma da Previdência.
A nova fórmula de cálculo do benefício substituirá o fator previdenciário, usado atualmente no cálculo das aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Atualmente, os benefícios do INSS são calculados da seguinte forma: sobre 80% da média do salário de contribuição para a Previdência incide o fator previdenciário, que mistura expectativa de vida e tempo de contribuição. A aplicação do fator previdenciário resulta em aposentadorias mais elevadas para quem trabalha mais tarde e em benefícios menores caso a expectativa de vida da população aumente.
Pelas novas regras, o trabalhador com 20 anos de contribuição começará recebendo 60% da média das contribuições, com a proporção subindo dois pontos percentuais a cada ano até atingir 100% com 40 anos de contribuição. Caso o empregado trabalhe por mais de 40 anos, receberá mais de 100% do salário de benefício, algo vetado atualmente.
Durante o período de transição de 12 anos, no entanto, o limite de 100% continuará valendo, tanto para o setor público como o privado.
Protesto
Na manhã desta quarta-feira (20) representantes de 23 sindicatos da região realizaram um protesto em frente a agência do INSS em Osasco, no Jardim Piratininga, contra a reforma da Previdência.
“A reforma da Previdência proposta pelo atual governo é penosa, imoral e degradante”, declarou o presidente do Conselho Intersindical de Saúde e Seguridade Social de Osasco, José Elias de Góis.
“Sabemos das dificuldades por nós enfrentadas, mas não podemos nos abater, o remédio para os grandes males, continuam sendo a luta e a resistência”, completou.
Com Agência Brasil