Fernando Augusto
Enquanto não acontece o início das obras do campus Osasco da Unifesp, o terreno localizado no bairro Quitaúna permanece abandonado e acumula lixo. No local é possível encontrar muito entulho, objetos como sofás e até a carcaça de um carro queimado.
A Unifesp ficou de cercar o terreno com um gradil e fazer o calçamento em volta da área, para evitar o despejo de entulho e também atividades ilícitas no terreno, que tem 211 mil metros quadrados. O prazo informado para a Prefeitura era até fevereiro, mas nenhuma obra começou no local.
O abandono prejudica os moradores do bairro, já que o entulho atrai ratos e focos de dengue. Além disso, como o terreno fica em uma parte alta e não tem escoamento correto da água, ele ocasiona enchentes na parte baixa do bairro, dizem vizinhos. A situação é agravada porque a água vem do terreno com muito barro, o que torna ainda mais difícil a limpeza das residências após os alagamentos.
O vereador Valdir Roque (PT) cobrou uma resposta da Unifesp na tribuna da Câmara na sessão do dia 27. Ele também enviou uma carta à direção da universidade. “Sou pressionado por grupos de moradores, inclusive, a levar a questão ao Ministério Público para cobrar as devidas providências. Estamos cansados de conviver com os problemas de um grande terreno em estado de abandono”, escreveu.
Roque também pediu informações sobre o andamento do processo de licitação para as obras do campus Osasco.
Em abril de 2008, o projeto de construção do campus foi lançado em evento que teve a presença do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, a obra ainda não saiu do papel e a Unifesp Osasco funciona provisoriamente no prédio da Fito, no Jardim das Flores, onde oferece cinco cursos: Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Ciências Atuariais, Administração e Relações Internacionais.
Em junho do ano passado, a reitora da Unifesp, Soraya Smaili, em audiência pública em Osasco, divulgou detalhes do projeto do campus e disse que a licitação deveria durar de seis a nove meses, prazo que, portanto, se esgota neste mês. A assessoria de impresa da Unifesp não havia respondido os questionamentos da reportagem do Visão Oeste até o fechamento desta edição. (Na sexta-feira, 7, a assessoria de imprensa da Unifesp respondeu à reportagem. Clique aqui para ler a nota de esclarecimento da universidade)