Início Cidades Vendas e locações de imóveis recuam na região de Osasco, aponta CRECI

Vendas e locações de imóveis recuam na região de Osasco, aponta CRECI

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Foto: Eduardo Metroviche

O mercado de imóveis residenciais usados na região de Osasco apresentou retração em fevereiro de 2025, de acordo com pesquisa divulgada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP). O estudo, que consultou 105 imobiliárias em 17 cidades da região metropolitana oeste, incluindo Osasco, Barueri, Cotia e Carapicuíba, apontou quedas significativas tanto nas vendas quanto nas novas locações em comparação com o mês anterior, janeiro de 2025.

As vendas de casas e apartamentos registraram uma diminuição de 12,51%, enquanto o volume de novos contratos de aluguel assinados no período caiu 24,92%. Apesar da queda mensal na locação, o acumulado do ano ainda mostra um cenário positivo para este segmento, com alta de 18,19%. Já as vendas acumulam uma baixa de 15,35% nos dois primeiros meses de 2025.

“Observamos um cenário de oscilação no mercado imobiliário ao longo dos primeiros meses de 2025,” analisou José Augusto Viana Neto, presidente do CRECISP. “Esses dados demonstram que, embora o mercado de vendas esteja enfrentando dificuldades, o setor de locação tem se mostrado mais resiliente, mesmo com variações pontuais. Seguiremos atentos às movimentações do mercado para apoiar os profissionais,” completou.

Perfil das Vendas em Fevereiro

O estudo detalha que os apartamentos foram ligeiramente mais vendidos (53%) do que as casas (47%) no período. A faixa de preço média dos imóveis negociados ficou acima de R$ 500 mil.

As casas mais procuradas possuíam majoritariamente 2 dormitórios (41,7%) e área útil entre 51 e 100 m² (66,7%). Já entre os apartamentos, a preferência foi ainda maior por unidades de 2 dormitórios (73,7%), com área útil predominante de até 50 m² (57,9%).

Quanto à localização, houve um equilíbrio entre as regiões centrais (40,5%) e a periferia (38,1%), com as áreas nobres respondendo por 21,4% das vendas. A forma de pagamento predominante foi o financiamento pela Caixa Econômica Federal, responsável por 74,1% das transações, seguido por financiamentos de outros bancos (14,8%) e pagamento à vista (11,1%). Quase metade dos imóveis (48,4%) foi vendida pelo valor anunciado, enquanto 32,3% tiveram descontos de até 5%.

Perfil das Locações em Fevereiro

No mercado de aluguel, as casas foram mais procuradas que os apartamentos, representando 61% dos novos contratos. A faixa de valor preferida pelos inquilinos situou-se entre R$ 1.501 e R$ 2.000 (18,8% dos contratos).

Tanto para casas quanto para apartamentos, a configuração mais comum foi a de 2 dormitórios (66,7% das casas, 64,7% dos apartamentos) com área útil entre 51 e 100 m² (42,1% das casas, 58,8% dos apartamentos).

A garantia locatícia mais utilizada foi o depósito caução, escolhido por 68,9% dos locatários. Curiosamente, a localização preferida para aluguel foi a área nobre (43,2%), seguida pela periferia (36,4%) e região central (20,5%). Entre os inquilinos que encerraram contratos, mais da metade (51,2%) mudou-se em busca de um aluguel mais barato. A maioria dos imóveis (69,4%) foi alugada pelo valor anunciado.