Barueri// Um dia após parlamentares acusarem empresário de “uso da máquina” e “campanha antecipada”, escritória político sofre “atentado”
Fernando Augusto
Um pré-candidato a vereador que tem o apoio do deputado estadual Gil Lancaster (DEM) tem causado a ira de vereadores na Câmara Municipal de Barueri. O empresário Rafael Gazan (DEM) sofreu críticas dos parlamentares, que o acusam de “uso da máquina pública” e “campanha antecipada”. As críticas ocorreram na sessão da terça-feira, 17, na Câmara. No dia seguinte, o escritório político de Gazan, no Parque dos Camargos, foi pichado com frases como “sai fora da quebrada, seu lugar é Alphaville” e “nois não precisa de você (sic)”.
De acordo com os vereadores, Gazan, que é dono de uma rede de lojas de roupas, teria o apoio do secretário de Serviços Municipais, Daniel Lancaster, que é filho do deputado Gil Lancaster, e tiraria proveito de melhorias feitas nos bairros a partir de indicações dos vereadores. “As minhas indicações, se chegar um pilantra, safado, usando secretaria para se promover na política, está ferrado comigo”, bradou Zetti Bombeirinho (PMDB).
“Não é justo um cidadão que nem tem uma candidatura registrada fazer o que esse rapaz está fazendo. Pegar o que um vereador pediu e ir fazer”, disse o vereador José Roberto, o Robertinho (SD). Saulo Goes (PSOL) acusou a secretaria de Serviços Municipais de estar beneficiando a pré-candidatura de Gazan. “Todos os funcionários têm que ter o carro adesivado”, afirmou.
Outros três parlamentares fizeram acusações a Rafael Gazan e ao secretário de Serviços Municipais. Jânio Gonçalves (PMDB) e Bacerlau Oliveira, o Bau (PSC), disseram que está havendo campanha antecipada. Já Toninho Furlan (PSDB) ironizou os apoios do pré-candidato.
Em entrevista ao Visão Oeste, Gazan disse lamentar as declarações dos vereadores. “Forças políticas antigas se assustam quando surge alguém com um projeto novo, com ideias novas para a cidade”, afirmou. Segundo o empresário, que será candidato pelo DEM, o escritório político foi inaugurado no domingo. “Na terça-feira, na sessão [da Câmara], me chamaram de tudo o quanto é nome, e na quarta aconteceu aquele atentado”.