Em entrevista ao Visão Oeste, vereadores de Osasco defenderam a proposta de reajuste de 70% nos salários de seus chefes de gabinete, que podem ter os salários aumentados de R$ 5,1 mil para R$ 8,6 mil.
A proposta está em tramitação na Câmara Municipal, sob o argumento de equiparação salarial com o que é pago aos chefes de gabinete de vereadores de municípios com condições socioeconômicas semelhantes a Osasco.
“Eu acho justo. Em todos os municípios ao redor o salário é equivalente. O salário deles já vem defasado há muito tempo”, afirmou Cláudio da Locadora (PV).
Ribamar Silva (PRP) declarou que o reajuste “é justo, pela responsabilidade que o chefe de gabinete tem hoje”. “Em toda Câmara da região o chefe de gabinete ganha R$ 9 mil, R$ 10 mil. Em Osasco está defasado”, avaliou. Ele também fez questão de ressaltar que o reajuste impactaria exclusivamente no orçamento da Câmara – e não da administração municipal – e que a proposta cabe na receita da Casa.
Já Daniel Matias (PRP) e De Paula (PSDB) se esquivaram de comentar sobre o tema, ao serem questionados durante a sessão de terça-feira, 17. “Essa matéria eu me abstenho nesse momento”, declarou o tucano. “Ainda não chegou para nós para discussão. Não posso te afirmar sobre o conteúdo, não tive acesso”, afirmou Matias.
Tinha di Ferreira (PTB) também analisa que o salário dos chefes de gabinete está defasado, mas diz que é preciso de mais debate sobre o percentual de aumento. “Ele está defasado, existe uma defasagem comparado a outras cidades. Tem que discutir para ver a realidade do país, da cidade. Hoje a economia do país, a crise, não dá espaço para se apresentar um projeto assim sem ter discussão. Está defasado, mas tem que se acertar [sobre o percentual]”, avaliou.
Além do aumento dos vencimentos para seu cargo, os chefes de gabinete podem ser beneficiados com outra proposta de reajuste em tramitação na Câmara de Osasco, que aumenta os salários de todos os servidores da Casa em 10%.