As buscas pelo corpo da osasquense Amanda Palha, de 26, continuam após sete meses do desaparecimento da mulher, que é mãe de quatro filhos. Ela foi vista pela última vez no dia 12 de novembro do ano passado, entrando um carro, perto de casa, em Osasco.
Na tarde desta segunda-feira (17), policiais fizeram buscas em uma área de mata em Francisco Morato à procura de um corpo que seria o de Amanda. Na área, teriam sido encontrados apliques de cabelo e um sapato que seria parecido com o que ela usava. As investigações continuam.
As esperanças de que Amanda seja encontrada com vida são praticamente nulas. A principal suspeita é que ela tenha sido morta em um “tribunal do crime” devido a suspeitas de criminosos de que estaria repassando informações à polícia, de acordo com testemunhas.
A mulher era namorada de um traficante da “Favela da Arábia”, na região do Jaraguá, em São Paulo. Conhecido como “Vampirinho”, ele foi morto em outubro do ano passado, em uma troca de tiros com a Rota.

As buscas por Amanda já levaram à polícia a localizar pelo menos dois cemitérios clandestinos, com vítimas de supostos “tribunais do crime”, um na região da favela da Arábia, onde o celular dela emitiu sinal pela última vez, e um em Embu. Nenhum dos corpos encontrados nos locais era o de Amanda.
O atual namorado dela, conhecido como Rodolfo Augusto Vieira, o “Dentinho”, também é suspeito de ter relação com o crime.
Uma testemunha afirmou que Amanda teria sido torturada durante dois dias antes de ser morta em um “tribunal do crime”, acusada de ter passado informações sobre ações de criminosos à polícia. Ela teria ido ao 8º DP de Osasco momentos antes de desaparecer.
Amanda teria, inclusive, repassado informações que levaram a Rota ao cerco a “Vampirinho” na troca de tiros em que o traficante foi morto.
O pai de Amanda, fez um apelo aos envolvidos no sumiço da filha para que, ao menos, revelem onde está o corpo dela: “Se minha filha estiver morta, só entrega para a gente para a gente poder fazer o sepultamento dela dignamente”, afirmou, em entrevista ao “Brasil Urgente”, da Band. “A gente está sofrendo muito”.
A mãe de Amanda também falou o drama que vive desde o desaparecimento da filha: “Meu maior desejo é encontrar ela. Seja do jeito que for. Só”, disse.