Leandro Conceição
A Câmara de Osasco terá a volta do recesso parlamentar em fevereiro com um tema polêmico para ser discutido: o aumento do número de vereadores na Casa. A legislação permite que a cidade tenha até 27 parlamentares, enquanto atualmente são 21.
Com as eleições municipais se aproximando, cresce a pressão de diversos partidos, principalmente os considerados pequenos ou “nanicos”, pelo aumento do número de vagas no Legislativo osasquense.
Nos bastidores da Casa, comenta-se que está próxima a aprovação do aumento para 25 parlamentares, que tem a bancada do PT como principal entusiasta. O presidente da Câmara, Jair Assaf (PROS), fala em subir para 23 cadeiras.
Temendo repercussões negativas diante da impopularidade da medida, alguns parlamentares chegam a se esquivar de opinar sobre o assunto. Outra afirmação é que a proposta será levada adiante quando houver “consenso” entre eles nas discussões internas. Há quem defenda o aumento de parlamentares só a partir das eleições municipais de 2020.
Confira abaixo a posição de vereadores osasquenses sobre o tema.
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“Quem diminuiu os vereadores foi a ditadura”
“Isso [o aumento de vereadores] precisa ter um consenso e nós não temos um consenso. Eu sou favorável a [aumentar para 23, não a 25]. Quem diminuiu o número de vereadores [em Osasco] foi a ditadura. A primeira Legislatura teve 23 vereadores, depois caiu para 17, teve 19 e agora é 21. A ditadura é que mudou e se pudermos devolver à cidade o número de vereadores com o qual ela iniciou a administração é o melhor. Se não houver consenso, fica como está”.
Jair Assaf (PROS) – presidente da Câmara de Osasco
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“Temos de avaliar o momento”
“Enquanto não tiver um consenso entre os vereadores, prefiro não me manifestar. Temos municípios menores que o nosso que têm mais vereadores, mas a população é completamente contra, porque ela não entende que não vai aumentar o repasse do município para a Câmara, trabalharíamos com o mesmo orçamento. E não dá para ir na contramão do que a população espera da gente. Temos de avaliar bem para ver se é o momento de se discutir isso, apesar de a lei dar essa garantia”.
Rogério Lins (PTN)
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Só para 2020
Já venho defendendo o aumento de cadeiras desde 2007, antes de me tornar vereador. É constitucional. Para se ter noção, a cidade de Barueri tem 21 vereadores e a metade da população de Osasco. Seriam mais fiscais para atender à comunidade, mas tudo tem seu tempo. Acredito que para a próxima legislatura não é momento adequado ainda. Se for para o pleito seguinte (em 2020), defendo um aumento para 25 vereadores.
Rogério Silva (PRB)
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“A cidade comporta 25”
O PT fez a discussão e batemos o martelo na defesa de 25 cadeiras na Câmara de Osasco. A cidade comporta e não vai mexer no orçamento [para a Câmara], vai ser igual. Estamos com uma frente para o aumento de cadeiras ser aprovado”.
Valdir Roque (PT)
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“Qualidade, não quantidade”
“Nossa posição, do PSDB, é não aumentar o número de vereadores. Osasco não precisa de quantidade, mas de qualidade na vereança. O aumento de vereadores não é uma demanda do povo”.
André Sacco (PSDB)
Assaf e Lins mantêm indefinição
Cotado para ser candidato a vice na chapa encabeçada pelo prefeito Jorge Lapas (PT), que tentará reeleição, o presidente da Câmara de Osasco, Jair Assaf (PROS), afirma não ter a intenção de uma candidatura como vice-prefeito. “Não tenho, sinceramente, a intenção de ser vice-prefeito. Eu gosto, e preparei para, é de ser vereador”, afirmou, em entrevista.
O vereador Rogério Lins (PTN) mantém a indefinição sobre uma possível candidatura a prefeito. Ele só garante uma coisa: “não vou ser vice de ninguém”.
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Toniolo aguarda definição do PCdoB
O vereador Antonio Aparecido Toniolo (PCdoB) diz que aguarda definição de seu partido para definir sobre a próxima eleição. Ele é cotado para ser vice do prefeito Jorge Lapas (PT), que tentará reeleição. “O apoio a Lapas está garantido, ou como vereador ou como vice”, diz Toniolo.