Nesta sexta-feira, 9, os bancários rejeitaram a proposta de 7% de reajuste salarial mais R$ 3,3 mil de abono apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e mantiveram a greve iniciada na terça-feira, 6. Na terça-feira, 13, deve haver nova rodada de negociação.

De acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, até esta sexta, 9, foram fechados 890 locais de trabalho entre agências e centros administrativos, abrangendo cerca de 50 mil bancários, na área de abrangência da entidade.
De acordo com os bancários, a proposta da Fenaban representa perda salarial de 2,39% diante da inflação de 9,62% (INPC). A categoria reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real; participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, 14º salário e fim das metas abusivas e assédio moral, entre outras pautas.
“Os bancários trabalham para o setor que mais lucra no Brasil. Somente nos primeiros seis meses deste ano, BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander, os bancos que compõem a mesa de negociação, lucraram juntos R$ 29,7 bilhões. Não tem crise para banqueiro, não pode ter para bancário”, afirma a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.
“Os trabalhadores já deram mostras da disposição de luta nesses primeiros dias de paralisação. Então, se os bancos querem o fim da greve, têm de trazer proposta que mereça ser apreciada pela categoria”, completa Juvandia.