O Ministério da Saúde anunciou o início da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza para o dia 7 de abril. A distribuição da vacina já foi iniciada, com o objetivo de imunizar 90% da população dos grupos prioritários antes do período de maior circulação do vírus, que ocorre durante o inverno.
A campanha priorizará, no primeiro semestre, as regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. No segundo semestre, o foco será a região Norte, em razão do chamado inverno amazônico, período de aumento de casos de gripe.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou o compromisso em alcançar a meta de 90% de cobertura vacinal recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para isso, a vacina contra a gripe estará disponível durante todo o ano nas unidades básicas de saúde, buscando ampliar o acesso e aumentar o número de pessoas imunizadas. Um dia D nacional de influenza será realizado em maio, com data a ser definida.
A preocupação com a baixa adesão à vacinação é um dos principais motivadores para as estratégias adotadas. Em 2023, a adesão à imunização contra a gripe foi de apenas 60% da população, e em 2024, esse número caiu para 55,1%. No ano passado, foram notificados 10.494 óbitos por síndrome aguda respiratória grave no país, conforme dados do Ministério da Saúde.
A OMS estima que a gripe cause 1 bilhão de casos no mundo por ano, infectando até 10% da população mundial. Desses casos, de 3 a 5 milhões são considerados graves.
Vacina da gripe para crianças
A vacina da gripe agora faz parte do Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos (a partir de 60 anos de idade), tornando permanente a proteção para esses públicos. Em 2024, mais de 1 milhão de crianças já haviam sido vacinadas contra influenza no estado de São Paulo.
Além da inclusão do imunizante contra gripe, outras mudanças foram adotadas para 2025, como a ampliação do período para aplicação da vacina contra rotavírus e a substituição das doses de reforço da vacina oral contra poliomielite por uma dose inativada.
Outros grupos continuarão a receber o imunizante em estratégias especiais, incluindo profissionais da saúde, professores, forças de segurança, população privada de liberdade e pessoas com doenças crônicas ou deficiências.