
Leandro Conceição
A exoneração de 30 funcionários da pasta foi oficializada no sábado, 6. A decisão ocorre após uma “rebelião” na Câmara, liderada pelo vereador Rogério Silva (PSC), que tentou obstruir a votação de um remanejamento orçamentário de R$ 8 milhões , em sessão extraordinária na quinta-feira, 4.
“Foi falta de fidelidade. O partido que participa da administração não pode votar contra um projeto importante, que era uma transposição orçamentária, um projeto simples, de fácil interpretação. Houve uma articulação na Câmara para não votar o projeto e isso é imperdoável”, disse Lapas ao Visão Oeste após evento de uma rede de hotéis em Osasco, na manhã desta segunda-feira, 8.
“Eles [do PSC] vão seguir o caminho que quiserem, da administração estão fora”
O partido tem dois vereadores na Câmara: além de Rogério Silva, Dinei Simão. Desde o início do mandato, Silva é um dos líderes de um grupo de parlamentares que, apesar de serem da base, costumam questionar frequentemente o governo.
Questionado sobre se o PSC passou a ser oposição, o prefeito afirmou: “Eles vão seguir o caminho que quiserem, da administração estão fora”. Ele define a postura do PSC na Câmara como “traição”.
O chefe de gabinete, Waldyr Ribeiro, comanda interinamente a Sica, até a nomeação de um novo secretário, que deve ser de outro partido da base aliada. Leia abaixo entrevista com o prefeito.
“Não pensava numa traição na Câmara, como aconteceu”, afirma prefeito
Visão Oeste: O que aconteceu com o PSC?
Jorge Lapas: Foi falta de fidelidade. O partido que participa da administração não pode votar contra um projeto importante para a administração, que era uma transposição orçamentária, um projeto simples, de fácil interpretação. Houve uma articulação na Câmara para não votar o projeto e isso é imperdoável. A própria secretaria que eles comandavam vai uma hora precisar de uma transposição também. Então, houve uma falta de entendimento político e não deu para continuar, tiramos o PSC do governo.
Então o PSC se tornou oposição?
Eles vão seguir o caminho que quiserem, da administração estão fora.

Os membros do PSC, vereador Rogério Silva, o ex-secretário da Sica, Marcos Arruda, o procuraram para conversar sobre o caso?
Eles procuraram várias pessoas, mas a decisão é irreversível.
Já há outro nome a ser indicado para a Sica?
Não, ainda nem pensamos. Porque eu também não pensava de ter esse tipo de problema na Câmara tendo contemplado tantos partidos no governo. Nunca houve uma administração que fosse tão aberta, tão do diálogo como a minha. Dos sete partidos representados no secretariado, não pensava numa traição na Câmara, como foi o que aconteceu. Mas nós vamos recompor isso. A princípio, o Waldyr Ribeiro, que é o chefe de gabinete, vai responder pela secretaria.