Nesta quinta-feira (30), o delegado responsável pelas investigações das mortes de dois moradores de rua, em Itapevi, confirmou que as marmitas estavam envenenadas com chumbinho, um veneno proibido usado para matar ratos.
Após comerem as refeições, doadas por um grupo de voluntários, Vagner Gouveia de Oliveira, de 37 anos, e Luiz de Araújo Conceição, de 61 anos, passaram mal e morreram, na madrugada do dia 22 de julho. Um cachorro que também comeu os alimentos também morreu.

Imagens das câmeras de monitoramento do posto desativado, na avenida Rubens Caramez, onde o grupo de moradores de rua estava, mostra o momento em que os voluntários chegam em dois carros e distribuem as marmitas, por volta das 22h de terça (21).

Um homem que vende churros na área também ganhou marmitas e levou para a casa. Ele diz que Vagner, um dos mortos, lhe deu os alimentos. A namorada dele, de 17 anos, e o filho, de 11, também comeram a comida e foram hospitalizados. A jovem já recebeu alta, mas o menino ainda está hospitalizado e seu quadro de saúde é estável.
As marmitas distribuídas foram preparadas por Agda Lopes Casimiro. Ela se apresentou espontaneamente à Polícia Civil para prestar esclarecimentos. A mulher é voluntária há anos em ações sociais e negou ter envenenado os alimentos. “A comida não estava envenenada porque fui eu que fiz. E saiu direto da cozinha da igreja para as ruas de Itapevi”, afirmou, ao “Brasil Urgente”, da Band.
A principal suspeita da polícia no momento é de que as marmitas foram envenenadas após terem sido distribuídas pelo grupo de voluntários e o alvo do envenenamento seria Vagner, que teria se envolvido em uma confusão dias antes do crime.