Ao jornal El País, os procuradores apresentaram as acusações contra o brasileiro e apontaram para a suspeita de corrupção.
A recomendação do procurador José Perals é de uma pena de cinco anos de prisão ao ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, o responsável pelo contrato com o brasileiro.
O Barcelona ainda teria de pagar 8,4 milhões de euros (R$ 29,8 milhões) em multa. Quanto a Neymar, além de ser preso por dois anos ele seria proibido de jogar futebol.
A história me lembra o caso de Paolo Rossi, o algoz do Brasil na Copa. Ele havia participado do esquema da loteria esportiva italiana. Foi preso.
Voltou depois e foi convocado para a seleção. Fez três gols no jogo em que a Itália desclassificou a lendária equipe de Zico, Sócrates e Falcão. E se tornou campeão do mundo.
Não estou dizendo que isso pode acontecer com Neymar. Até porque este processo provavelmente ainda vai dar pano para manga.
Mas o que quero dizer é que já começo a achar que essa história pode ter um desfecho mais complicado do que parecia no seu início.
Imaginar Neymar preso não me dá nenhum segundo de alegria. Imaginá-lo pagando tudo o que foi ilegalmente realizado nesta operação, sim.
A lógica de mandar para a cadeia seres humanos que podem ser punidos de formas muito mais inteligentes, me parece a cada dia algo mais imbecil.
