A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) vai escolher dentro de um mês a nova composição da Mesa Diretora. O atual presidente, Barros Munhoz (PSDB), está no segundo mandato e apenas uma alteração na Constituição do Estado, o que chegou a ser cogitado, poderia lhe garantir uma nova reeleição.
O PSDB e o PT, partidos que têm, cada um, 22 dos 94 deputados do Legislativo estadual, devem fazer uma composição que vai manter a presidência nas mãos dos tucanos em troca da 1ª secretaria para os petistas. “Essa discussão ainda não está fechada, mas a tendência é fazer essa composição, que é tradição na Casa”, diz o deputado Geraldo Cruz (PT), que é ex-prefeito de Embu das Artes.
PT deve apoiar para ter 1ª secretaria
O PSDB já indicou o deputado Samuel Moreira para a presidência da Mesa Diretora. Atualmente ele é o líder do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na Assembleia. Também se apresentam como candidatos Carlos Giannazi (PSOL) e Major Olímpio (PDT).
Hoje são membros da mesa, além de Munhoz, na presidência, os deputados Rui Falcão (PT) e Aldo Demarchi (DEM).
Polêmicas
Nos últimos meses, a Assembleia Legislativa se viu envolta em polêmicas. A principal disse respeito à renovação da frota de veículos utilizados pelos parlamentares.
A Alesp promovia licitação para a compra de 150 carros, que seriam utilizados pelos 94 deputados e os diretores da Casa. O edital limitava a escolha a dois modelos, um da Citroën e o Toyota Corolla. O gasto estimado era entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões. Os veículos atuais, modelo Vectra, comprados no final de 2010, seriam usados como parte de pagamento.
Após recursos de três montadoras e suspeitas de direcionamento no edital, a Mesa Diretora decidiu cancelar a licitação.
O deputado Geraldo Cruz (PT) defende a troca apenas dos veículos que já apresentam problemas. “Tem carro ferrado e outros em boas condições, não entendo porque tem de trocar todos”, diz.