Na quinta-feira, 20, pelo menos 25 estados brasileiros tiveram manifestações contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em defesa da democracia, das conquistas sociais e por uma nova agenda para o Brasil. Os atos foram organizados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), outras entidades sindicais e movimentos sociais. Foi um contraponto à marcha de 16 de agosto, que foi norteada pelos slogan “Fora Dilma” e a defesa da volta do regime militar.
A organização esperava 50 mil pessoas mas, segundo a Polícia Militar, em São Paulo, o ato reuniu mais de 60 mil. Os manifestantes pediram a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), denunciado ao STF por suposto envolvimento naLava Jato. Apesar de defenderem a permanência de Dilma na presidência, fizeram críticas às medidas tomadas como o ajuste fiscal do ministro da Fazenda Joaquim Levy e à Agenda Brasil, pacote de reformas econômicas proposto pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).
Para Rosina Conceição, da União Brasileira de Mulheres, o ato significou “a ampliação de um diálogo melhor com a população, que ainda está perdida, confusa, por ter a versão só de um lado, e muitas vezes distorcida”.
Durante o ato, as vítimas da chacina de Osasco e região foram homenageadas com um minuto de aplausos ininterruptos.