Crise política //Presidente vai à ONU denunciar “golpe parlamentar”; vice enfrenta protestos
A presidenta Dilma Rousseff embarcou nesta quinta para Nova York, onde vai participar da cerimônia de assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima e aproveitar entrevistas para repetir a tese de que está sofrendo um golpe parlamentar. Ao lado de outros líderes mundiais, ela participa dos eventos nos Estados Unidos nesta sexta-feira, 22, e deve retornar ao Brasil no sábado (23).
Esta é a primeira vez que Dilma deixa o país após a abertura do processo de impeachment ter sido aprovada na Câmara dos Deputados. Nessa quarta-feira, 20, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) foi indicado para presidir a comissão especial que vai analisar a admissibilidade do processo contra a presidenta no Senado.
Durante o período que Dilma estiver em Nova York, o vice Michel Temer ficará na Presidência em exercício. Temer permanecerá na capital federal nos próximos dias. Ele tem dedicado os últimos dias a conversar com diferentes pessoas sobre a montagem de seu eventual governo, caso Dilma seja afastada pelo Senado. (Com Agência Brasil)
Manifestantes protestam contra Temer em São Paulo

Manifestantes do movimento Levante Popular da Juventude fizeram um ato na manhã desta quinta-feira, 21, em frente à residência do presidente em exercício Michel Temer, no Alto de Pinheiros, zona Oeste da capital paulista.
Carregando cartazes com imagens de Temer, instrumentos musicais, coreografias e gritos de “Não vai ter golpe”, os manifestantes protestaram entre as 8h e as 9h da manhã.
“Aproveitamos o dia 21 de abril, dia do assassinato de Tiradentes para denunciar Temer, que tem sido um dos principais articuladores do golpe”, disse Larissa Sampaio, uma das integrantes do movimento. “Ele tem feito da casa dele o espaço de articulação de novos ministérios, antes mesmo de o governo ter sofrido ou não o impeachment”, acrescentou. (Com Agência Brasil)