Willian Galvão
Devem começar em setembro as obras da Unidade de Recuperação Elétrica (URE), usina de queima de lixo para produção de energia, na divisa de Barueri com Carapicuíba. A medida tem causado polêmica na Câmara de Carapicuíba, onde se discute a forma como serão tratados os resíduos, o espaço onde será instalada e os impactos ambientais.
Na última sessão, realizada na quarta feira, 14, os vereadores Orcival Crepaldi (PMDB) e Paulo Xavier (PSDB) pediram informações ao prefeito Sergio Ribeiro (PT) sobre o projeto. Segundo Crepaldi, “precisamos discutir qual o melhor caminho para a cidade já que a usina será implantada na nossa divisa” e colocou em pauta os interesses de “movimentos que defendem a reciclagem, não a incineração”.
Já o prefeito Sergio Ribeiro alega que não foi procurado nem pela empresa responsável pela obra da usina, nem pela Prefeitura de Barueri para discutir o assunto. “Na nossa interpretação, essa área [onde será construída] é nossa. As [duas] audiências que tiveram foram por conta da emissão de partículas na atmosfera, mas não vieram conversar, viabilizar com a gente, e sem Carapicuíba não há usina”, explica.
A terceira audiência pública antes do início das obras está agendada para o próximo dia 23, às 9h, no teatro Jorge Amado, em Carapicuíba.
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Ex-vereador
O ex-vereador de Carapicuíba, Wellington dos Santos, o Helinho (PTC), que foi preso em 2006 por coação de testemunhas em investigação sobre distribuição irregular de imóveis da CDHU na cidade, e teve seu mandato cassado no mesmo ano, foi impedido de utilizar a tribuna livre na última sessão da Câmara de Carapicuíba, na quarta-feira, 14, por não ter se inscrito.
O parlamentar e seus assessores se exaltaram com o vereador Alexandre Pimentel (PT), que o acusou de ter “achincalhado a imagem do povo de Carapicuíba”. O presidente da Casa, Abraão Junior (PT), seguiu o regimento interno, que impede o uso da tribuna sem inscrição prévia. Helinho poderá falar na próxima sessão, caso siga o procedimento.