
William Galvão
Após as polêmicas ocorridas nas sessões da Câmara de Carapicuíba dos dias 3 e 10 de abril, envolvendo a vereadora transexual Andréia Verão (PHS), sua assessoria e o presidente da Casa Abraão Junior (PT), a situação ganhou novo capítulo.
Depois de serem exonerados pela vereadora, os ex-assessores de Verão dizem que vão reivindicar seu mandato. “O mandato dela será solicitado através de um requerimento à Justiça, pois o mandato não é dela, a lei diz que o mandato é do partido, e também por ela ter infringido as regras estatutárias do partido”, reclama Wellinton Portella um dos ex-assessores e também presidente municipal do PHS.
“Por essa traição, eu os demiti”
O caso se desenrolou depois da sessão em que Abraão pediu que Andréia lesse um requerimento encaminhado por seus ex-assessores. Por não conseguir concluir a leitura, levantou-se a suspeita de que ela poderia ser analfabeta. Na sessão seguinte a vereadora provou que é alfabetizada ao subir na tribuna e ler a exoneração de todos os seus assessores por “traição”.
Sobre as exonerações ela diz: “Tive a minha imagem prejudicada por conta do requerimento que eles elaboraram. Eles sabiam que iam me expor daquele jeito, então por essa traição eu os demiti”. Na ocasião das demissões, Andréia saiu da sessão escoltada pela polícia.
Acusado de tentar expor uma deficiência de alfabetização da vereadora, o presidente do Legislativo disse que “a questão não era contra a vereadora, a questão é que ninguém (os ex-assessores de Andréia) ia colocar a faca no meu pescoço. Ela entendeu o contexto”. Segundo Abraão, os assessores estariam tentando “ter mais poder no mandato do que Andréia”.