Leandro Conceição
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 15, Rogério Lins (PTN), candidato a prefeito de Osasco, pôs em dúvida a veracidade de pesquisa de intenção de voto em que aparece em terceiro, atrás de Celso Giglio (PSDB) e do atual prefeito, Jorge Lapas (PDT), que busca a reeleição.

O levantamento em questão, do Instituto Datavale, divulgado na sexta-feira, 12, pelo jornal Diário da Região, mostra Lins com 8% das intenções de voto, contra 24,7% de Giglio e 23% de Lapas, que estão empatados tecnicamente na liderança (a margem de erro é de 4 pontos percentuais). “Nossas pesquisas internas, nossas enquetes, mostram um cenário completamente diferente”, declarou Rogério Lins.
A pesquisa mostra Lins em posição semelhante ao já apontado em levantamento anterior, do Instituto MAS, divulgado em junho pelo jornal Giro S/A, no qual o candidato do PTN também ficou em terceiro, com 8,8% das intenções de voto, atrás do tucano e do pedetista.
Coordenador da campanha de Rogério Lins à prefeitura, o ex-prefeito Francisco Rossi (PR) informou que a coligação vai contratar um instituto de pesquisas para fazer um novo levantamento. “Vamos contratar um instituto para apresentar, em 10, 15 dias, a realidade”, disse. “Não acredito nessas pesquisas que estão mostrando aí”.
Rossi declarou ainda que o Instituto Datavale, que realizou a pesquisa mais recente, “tem um histórico com o PT”.
Ele também fez críticas ao governo Lapas e ressaltou que Celso Giglio está inelegível por ter tido as contas de quando foi prefeito rejeitadas pela Câmara Municipal. “Tudo leva a crer que o Celso não vai disputar a eleieção”, avaliou. “Até gostaria que o Celso disputasse a eleição, porque a gente ganharia no voto dele. A cada pesquisa ele está caindo”.
Rogério Lins também apresentou propostas de seu plano de governo, como o “Cartão Osasco” para priorizar o atendimento público a quem mora na cidade, semelhante ao “Cartão Barueri”, adotado na cidade vizinha, o aumento do efetivo da Guarda Municipal, projetos para a Saúde e a abertura de 2 mil vagas em creches já no início de gestão, entre outras ações.
João Paulo
Rossi voltou a negar os boatos de que o ex-deputado federal João Paulo Cunha (PT), que cumpriu pena após ser condenado no “mensalão”, esteja por trás das articulações da candidatura de Lins.
“Até gostaríamos que ele [João Paulo] estivesse conosco, mas ele está apoiando [a candidatura de] Valmir Prascidelli (PT) abertamente”, disse o ex-prefeito, sentado ao lado do ex-secretário municipal Gelso de Lima, que fazia parte do PT como homem de confiança de João Paulo e hoje atua na campanha de Rogério Lins.
Na pesquisa Datavale citada acima, foram entrevistados 600 pessoas nos dias 8 e 9 de agosto e o levantamento foi registrada com o número SP – 02821/2016/ TSE. Já a pesquisa do Instituto MAS ouviu 613 pessoas, entre os dias 25 e 27 de maio, e o levantamento foi registrado sob o número SP 02476-2016.