Machismo?// Para parlamentar, servidora não merece um salário alto
Carol Nogueira
O presidente da Câmara de Pirapora do Bom Jesus, Romilton Militão Quermes (PMDB), pode responder por lesão corporal, assédio moral e violência contra a mulher, conforme Lei Maria da Penha, após agredir a funcionária Viviane Alvarenga. A advogada da vítima, Susley Fernanda Silva Rodrigues também solicitou, através de representação no Ministério Público do Estado de São Paulo, medida de segurança para que Militão fique longe da servidora e o afastamento dele do cargo de vereador.
Viviane está de licença maternidade e, mesmo assim, sempre atendeu as ligações e solucionava as dúvidas dos vereadores. No dia 13 de janeiro, a pedido de Militão, ela foi até à Câmara auxiliar na folha de pagamento do funcionários.
Segundo Susley, Militão queria diminuir o salário de Viviane, sob alegação de que ela tem um salário alto. “Quando ela se recusou a alterar o valor do pagamento, porque está previsto em lei, o vereador desferiu um soco na boca dela”, contou.
De acordo com a advogada, a discussão foi ouvida por dois funcionários da Casa, que também foram testemunhas do ferimento no rosto de Viviane. “Como superior, ele podia contestar o desempenho do trabalho dela, mas nada justifica esse tipo de comportamento. Além de tirá-la da licença maternidade, achou que por ser mulher não merecia ganhar tanto. Ele foi machista e agressor”.
Até o fechamento desta edição, não conseguimos contato com Militão.