O vereador e candidato a prefeito de Osasco Rogério Lins (PTN) minimiza o fato de ter feito parte da base aliada dos governos Emidio de Souza (PT) e Jorge Lapas (PDT). Lins diz que, apesar de ter indicado cargos na administração municipal, manteve posição “independente” na Câmara Municipal. “O Emidio quis fechar a FAC-Fito e eu marchei junto com a oposição. Com o Jorge tenho vários episódios em que fui contra na Câmara. Chega um momento da vida em que você vai entendendo que aquele não é mais o seu caminho”, afirmou.
Lins foi o terceiro candidato sabatinado pelo Visão Oeste. A entrevista foi transmitida ao vivo pelo Facebook.
Lins também rebateu críticas do prefeito Lapas com relação à sua produtividade como vereador. O que me surpreende é que até há alguns meses ele me elogiava. Falava que eu era o vereador mais atuante da cidade”, diz. O candidato diz que apresentou 32 projetos de lei desde que foi eleito, em 2008. “Infelizmente alguns têm vício de origem ou inconstitucionalidade, porque oneram o município”. Ele cita um projeto de lei que obriga a presença de pediatras nas UPAs, projeto para aumentar o efetivo policial na cidade, entre outros. Além de se defender das críticas, Rogério Lins alfinetou o prefeito por não ter sido vereador antes de eleito prefeito.
O candidato diz que há muita insatisfação com o atual governo e questiona as recentes pesquisas eleitorais divulgadas em jornais da cidade, que mostram Celso Giglio (PSDB) e Jorge Lapas (PDT) empatados na liderança. “As pesquisas que realizamos internamente não mostram esses números. Estamos muito bem colocados, empatados tecnicamente na segunda posição, e a gente percebe que o primeiro colocado está mês a mês numa decrescente”, diz.
Entre os diversos temas, Lins destacou a saúde pública. Ele promete a construção de um hospital da mulher e critica o atendimento. “O que a gente ouve na cidade é que a saúde está na UTI. A gente ouve os relatos de falta de médicos e medicamentos”, afirma. Segundo o candidato, o atual secretário de Saúde está “engessado” porque “o salário do médico em Osasco é um dos mais baixos da região”.
Rossi
Ana Maria Rossi (PR) foi escolhida vice na chapa, quando o esperado era que seu marido, o ex-prefeito Francisco Rossi (PR) fosse o indicado. Rossi admitiu que “a vice dos sonhos do nosso candidato era a Ana Paula Rossi”, sua filha, mas ela preferiu a candidatura a vereadora.