A mpox é uma doença infecciosa causada pelo vírus mpox, pertencente ao gênero Orthopoxvirus e à família Poxviridae. A doença é uma zoonose, o que significa que pode ser transmitida de animais para humanos.
A mpox tem sido motivo de preocupação global, especialmente após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a doença como uma emergência de saúde pública de importância internacional devido ao surgimento de novas variantes mais transmissíveis e letais.
A doença ficou popularmente conhecida como varíola do macaco. No entanto, segundo publicou a SBPr (Sociedade Brasileira de Primatologia) em maio de 2022, apesar do vírus receber o nome de varíola dos macacos, a doença não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. No mesmo ano, a OMS designou o uso do termo Mpox, no lugar de varíola dos macacos (monkeypox).
Transmissão
A transmissão ocorre principalmente através do contato direto com lesões na pele, fluidos corporais ou secreções respiratórias de uma pessoa infectada. Também pode ocorrer pelo contato com objetos contaminados, como roupas de cama e toalhas.
Embora a mpox não seja considerada uma infecção sexualmente transmissível, o contato íntimo, incluindo relações sexuais, pode facilitar a disseminação do vírus.
Os sintomas da mpox incluem:
- Febre,
- Dor de cabeça,
- Dores musculares,
- Linfonodos inchados
- Erupções cutâneas que evoluem para lesões semelhantes a bolhas ou feridas – que podem aparecer em várias partes do corpo, incluindo rosto, mãos, pés, olhos, boca e genitais.
Tratamento para mpox
Não há um tratamento específico para a mpox, mas os cuidados médicos focam no alívio dos sintomas e na prevenção de complicações. Em casos graves, pode ser necessário o uso de antivirais.
O Ministério da Saúde informou que o procedimento em casos de mpox tem se sustentado em medidas de suporte clínico. “Até o momento, não se dispõe de medicamento aprovado especificamente para mpox”, frisa.
Prevenção
Para prevenir a infecção, é importante evitar o contato próximo com pessoas infectadas e não compartilhar objetos pessoais. A vacinação também é uma importante aliada. Atualmente, uma das vacinas mais utilizadas é a Jynneos, produzida pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic. Esta vacina contém o vírus atenuado e é recomendada para adultos, incluindo gestantes, lactantes e pessoas com HIV.
No Brasil, o Ministério da Saúde tem distribuído vacinas para grupos prioritários, como pessoas com maior risco de evolução para casos graves, incluindo aquelas que vivem com HIV/Aids com baixa contagem de linfócitos T CD4, e profissionais de laboratório que trabalham diretamente com o vírus.